Dica | 05 livros com personagens femininas fortes (todos escritos por mulheres)
Mulheres corajosas e determinadas, personagens fictícias do clássico ao contemporâneo da literatura, detentoras de personalidades marcantes, que emocionam e inspiram as leitoras.
Pensando nessa representatividade feminina, juntamente com a proximidades do Dia Internacional da Mulher, que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970. Sabendo ainda que a data representa a batalha das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. De início, foi uma reivindicação da classe operária por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres tanto contra a desigualdade salarial, quanto contra discriminação moral e física.
Então, para celebrar essa data, trouxe uma lista de cinco livros com personagens femininas fortes, que lutaram contra o preconceito e para superar os desafios impostos em suas vidas, detalhe, todos foram escritos por mulheres admiráveis:
1. Anne de Green Gables - Lucy Maud Montgomery
Sinopse: Anne é uma órfã que foi enviada por engano à fazenda de Green Gables, já que os irmãos Marilla e Matthew tinham a intenção de adotar um menino. Com pena da garota, resolveram mantê-la na fazenda. Com seus longos cabelos ruivos, olhos acinzentados e uma imaginação que lhe permitia viver fantasias, Anne traz reflexões e pensamentos pertinentes sobre os obstáculos e as escolhas da vida de qualquer pré-adolescente.
Anne Shirley é uma menina de olhos ávidos, perspicaz, resiliente. Uma adolescente órfã de personalidade marcante, que ao invés de viver triste e amargurada, usou a imaginação e a inteligência para superar o preconceito e o bulling que sofria.
O livro foi adaptado como série pela Netflix, e já está na 3ª temporada.
2. Um lugar bem longe daqui - Délia Owens
Sinopse: Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutal do pai, que acabou também por deixá-la.
Catherine Danielle Clark, mais conhecida como Kya a menina do brejo, abandonada pelos familiares e amiga da solidão, uma menina/mulher forte, corajosa e determinada que conquistou o improvável, quando não se prostrou diante da devastação que sua vida se encontrava.
Saiba mais sobre o livro:
Resenha - Um lugar bem longe daqui
A obra teve seus direitos de adaptação cinematográfica adquirido por Reese Witherspoon, e vai produzir o filme com a Fox 2000.
3. Mulherzinhas - Louisa May Alcott
Sinopse:No auge da Guerra Civil Americana, o senhor March se junta às frentes de batalha. Em casa, suas filhas têm de conviver com as dificuldades econômicas e a busca pela realização de seus sonhos. Meg almeja um bom casamento. Beth quer apenas ajudar os pais nos cuidados do lar. Amy, a mais jovem, sonha com riqueza e status, enquanto a impulsiva Jo deseja ser escritora ― em uma versão semibiográfica da própria Alcott. Esta é a história de amadurecimento dessas quatro jovens. Mulherzinhas aborda questões feministas de forma leve e aberta e ao mesmo tempo exalta valores como a virtude, a igualdade de gênero e a realização individual.
Meg, Jo, Beth e Amy são as “mulherzinhas”, quatro irmãs de personalidades singulares e cheias de amor e graciosidade, pelas quais as leitores podem se identificar. Dentre as quatros um destaque a que considero a mais determinada:
Jo Mach, inspirada na própria autora, leitora insaciável, aspirante a escritora é a personagem de personalidade forte e “temperamento explosivo, uma língua afiada e um espírito inquieto”, sua maior ambição era realizar algo que fosse verdadeiramente esplêndido.
O livro foi adaptado para o cinema em 1933 e 1994, retornando novamente em 2019 com o título Adoráveis Mulheres, dirigido por Greta Gerwig.
Acompanhe também a história de uma esplêndida mulher, da vida real, nesta resenha do livro Malala: A menina que queria ir para a escola
4. Orgulho e preconceito – Jane Austen
Sinopse: A história de Orgulho e Preconceito gira em torno das cinco irmãs Bennet, que viviam na área rural do interior da Inglaterra, no século XVIII. Aborda a questão da sucessão em uma família sem herdeiros homens, dentro de uma sociedade patriarcal, onde o casamento era fundamental para as mulheres. Assim, quando um homem rico e solteiro se muda para os arredores, a vida pacata da família entra em ebulição.
Elizabeth Bennet, chamada de Lizzie, segunda filha mais velha, é a protagonista do enredo. Uma jovem orgulhosa e linda de personalidade marcante e liberal para o seu tempo, cheia de convicções próprias em relação aos costumes sociais daquela época.
Adaptação para o cinema em 2005, com direção de Joe Wright.
5. Americanah – Chimamanda Ngozi Adichie
Sinopse: Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência.
Ifemelu, uma nigeriana que se muda para os Estados Unidos e, só então, passa a conhecer o que é ser negra, que a cor da pele faz diferença. Uma mulher de destaque que se opõe as limitações impostas às mulheres na Nigéria e a luta racial nos Estados Unidos.
A trama teve seus direitos para cinema comprados por Lupita Nyong’O.
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