Resenha | Malala: A menina que queria ir para a escola – Adriana Carranca
Em 08 de março comemora -se o Dia Internacional da Mulher, um dia de suma importância para as mulheres, a data que significa a batalha pela igualdade de gênero e contra a discriminação moral, física e racial. Assim a resenha de hoje engloba tanto os adultos quanto as crianças e traz uma mulher esplêndida, a ativista Malala.
Sem mais delongas, vamos a resenha!
Quem é Malala?
Esta foi a pergunta feita pelo extremistas do Talibã antes de atirar em Malala.
Malala Yousafzai, a militante pela educação do vale do Swat, no Paquistão, chamou a atenção do público ao escrever para a BBC Urdu a respeito da vida sob o Talibã e sobre a luta de sua família em defesa do direito à educação feminina. Em outubro de 2012, Malala foi perseguida pelo Talibã e atingida na cabeça por um tiro quando voltava de ônibus da escola. Contrariamente às expectativas, sobreviveu e agora continua sua campanha por educação por meio do Fundo Malala, uma organização sem fins lucrativos de apoio educacional em comunidades ao redor do mundo.
O livro da jornalista Adriana Carranca, narra resumidamente, e de forma mais simples que uma biografia, a história de Malala: A menina que queria ir para a escola. Em uma versão para crianças, cheio de ilustrações e rico em informações. A autora que visitou o Vale do Swat alguns dias após o atentado, relata os acontecimento que foi contada a ela pelos amigos de Malala.
Malala cresceu dentro de uma escola, pois seu pai era o fundador e professor, homem inteligente e justo, que não fazia distinção entre meninos e meninas, julgava que todos deveriam ter os mesmos direitos. Sempre acompanhado por Malala em seus protestos e eventos públicos, pai e filha construíram uma linda relação.
Malala lia muito, desde pequena começou a amar os livros, seu pai gostava discutir política com ela, pois a menina tinha “opinião sobre tudo". As meninas da escola fundaram uma Assembleia de Direitos da Criança, com o objetivo de discutir os problemas do Swat e encaminhavam suas ideias ao governo como: por fim ao trabalho infantil e o direito de todas as crianças irem para escola. Tendo Malala como oradora, o projeto começou chamar a atenção. Pois no Swat as crianças não perguntam, apenas ouvem. Mas na escola é diferente, as crianças aprendem a questionar, pois, são encorajadas a pensar.
E o que fazia Malala ser tão especial? O querer saber, oras! Às vezes, ela perguntava às pessoas, outras aos livros, mas não ficava sem resposta. Era essa vontade grande de saber que a fazia ser especial.
Mas, um grupo chamado Talibãs invadiram Swat, destruíram os aparelhos eletrônicos das casas, fecharam alguns comércios, acabaram com a energia elétrica, proibiram as mulheres de sair às ruas e as meninas de irem a escola, e essa notícia entristeceu o coração de Malala. Mas seu pai, Ziauddin, iria lutar para a Escola Khushal não fosse fechada. E, a partir daí, Malala, aos onze anos, discursa publicamente para divulgar os acontecimentos no Vale de Swat. Dando início também a um blog que era publicado no site da BBC Urdu.
Essa é a história de uma menina extraordinária, narrada de forma simplificada, para que as crianças sejam alcançadas. Um livro para ser trabalhado em sala de aula com os pequeninos como incentivo à educação como premissa de alcançar uma sociedade mais igualitária.
Título: Malala: A menina que queria ir para a escolaEditora: Companhia das letrinhas (1ª Ed. 2015)
Páginas: 96
A história completa de Malala foi publicada em outro livro “Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã”, escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb.
“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. |
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