Em 08 de março comemora -se o Dia Internacional da Mulher, um dia de suma importância para as mulheres, a data que significa a batalha pela igualdade de gênero e contra a discriminação moral, física e racial. Assim a resenha de hoje engloba tanto os adultos quanto as crianças e traz uma mulher esplêndida, a ativista Malala.

Sem mais delongas, vamos a resenha!

Quem é Malala?

Esta foi a pergunta feita pelo extremistas do Talibã antes de atirar em Malala.

Malala
Malala Yousafzai, a militante pela educação do vale do Swat, no Paquistão, chamou a atenção do público ao escrever para a BBC Urdu a respeito da vida sob o Talibã e sobre a luta de sua família em defesa do direito à educação feminina. Em outubro de 2012, Malala foi perseguida pelo Talibã e atingida na cabeça por um tiro quando voltava de ônibus da escola. Contrariamente às expectativas, sobreviveu e agora continua sua campanha por educação por meio do Fundo Malala, uma organização sem fins lucrativos de apoio educacional em comunidades ao redor do mundo.

 

 O livro da jornalista Adriana Carranca, narra resumidamente, e de forma mais simples que uma biografia, a história de Malala: A menina que queria ir para a escola. Em uma versão para crianças, cheio de ilustrações e rico em informações. A autora que visitou o Vale do Swat alguns dias após o atentado, relata os acontecimento que foi contada a ela pelos amigos de Malala.


Desenho colorido de malala segurando um livro
Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997, no Vale do Swat, Paquistão. Vivendo em uma sociedade patriarcal, onde o nascimento dos meninos era comemorado com festa e o das meninas não eram nem anunciados, sequer eram registradas oficialmente, porém Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, lhe deu seu sobrenome, pois era um homem diferente, em uma região em que as mulheres eram criadas para casar e só saem a rua acompanhadas de um homem.

Malala cresceu dentro de uma escola, pois seu pai era o fundador e professor, homem inteligente e justo, que não fazia distinção entre meninos e meninas, julgava que todos deveriam ter os mesmos direitos. Sempre acompanhado por Malala em seus protestos e eventos públicos, pai e filha construíram uma linda relação.


Menina Malala
Malala lia muito, desde pequena começou a amar os livros, seu pai gostava discutir política com ela, pois a menina tinha “opinião sobre tudo". As meninas da escola fundaram uma Assembleia de Direitos da Criança, com o objetivo de discutir os problemas do  Swat e encaminhavam suas ideias ao governo como: por fim ao trabalho infantil e o direito de todas as crianças irem para escola. Tendo Malala como oradora, o projeto começou chamar a atenção. Pois no Swat as crianças não perguntam, apenas ouvem. Mas na escola é diferente, as crianças aprendem a questionar, pois, são encorajadas a pensar.


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Ilustração de Malala sentada em uma árvore
E o que fazia Malala ser tão especial? O querer saber, oras! Às vezes, ela perguntava às pessoas, outras aos livros, mas não ficava sem resposta. Era essa vontade grande de saber que a fazia ser especial.

 

Mas, um grupo chamado Talibãs invadiram Swat, destruíram os aparelhos eletrônicos das casas, fecharam alguns comércios, acabaram com a energia elétrica, proibiram as mulheres de sair às ruas e as meninas de irem a escola, e essa notícia entristeceu o coração de Malala. Mas seu pai, Ziauddin, iria lutar para a Escola Khushal não fosse fechada. E, a partir daí, Malala, aos onze anos, discursa publicamente para divulgar os acontecimentos no Vale de Swat. Dando início também a um blog que era publicado no site da BBC Urdu.


Ilustração Malala na frente da Swat destruida
Por seu ativismo em  prol da educação para todos, Malala ficou muito conhecida, porém sua luta continuava desagradando aos Talibãs, que ameaçaram-na de morte, se ela não se calasse. Mas, Malala jamais se calaria, ela queria que sua voz ecoasse pelo mundo.

Essa é a história de uma menina extraordinária, narrada de forma simplificada, para que as crianças sejam alcançadas. Um livro para ser trabalhado em sala de aula com os pequeninos como incentivo à educação como premissa de alcançar uma sociedade mais igualitária.

Capa do livro Malala de Adriana Carranca
Título: Malala: A menina que queria ir para a escola

Autora: Adriana Carranca

Editora: Companhia das letrinhas (1ª Ed. 2015)

Páginas: 96



A história completa de Malala foi publicada em outro livro “Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã”, escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb.

Malala
“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. 

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