Contos e fábulas

Conto é um gênero literária com narrativa curta e concisa. Sua origem está relacionada com os costumes de contação de história, normalmente seguem um plot único, com narrador e poucos personagens.  No post de hoje, veremos dez contos com princípios cristãos que edificam.

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1.  A caneta de Deus

A Mãe deu um pulo assim que viu o cirurgião sair da sala de operações. 

Perguntou:

– Como é que está o meu filho? Ele  vai ficar bom?

– Quando é que eu posso vê-lo? 

O cirurgião respondeu:- Sinto muito. 

Fizemos tudo mas o seu filho não resistiu. 

Sally perguntou: – Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? 

Será que DEUS  não se preocupa? 

– Aonde estavas Tu, DEUS, quando o meu filho necessitava?

O cirurgião perguntou:

– Quer algum tempo com o seu filho? 

Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade. 

Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.

– Quer um cachinho dele? Perguntou a enfermeira. Sally abanou a cabeça afirmativamente. 

A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.

– Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:

– Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe. 

Ela continuou: – O meu Jimmy tinha um coração de ouro.  Estava sempre  pensando nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse. 

Depois de ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do hospital pela última vez. Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela. A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.

Levou o saco com as coisas de Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho. Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve. Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu. Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.

A carta dizia:

– QUERIDA MÃE , 

Sei que vai ter muitas saudades minhas; mas não pense que vou esquecer de você, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer: "TE AMO". Eu vou sempre te amar cada vez mais, Mãe, a cada dia que passe. 

Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiser adotar um menino para não ficar tão sozinha, por mim está bem. Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar.  Mas se preferir uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, garotos, gostamos. Vai ter que comprar bonecas e outras coisas que as  meninas gostam, você  sabe. Não fique triste pensando em mim. 

Este lugar é mesmo fantástico! Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar! 

E sabe de uma coisa?... Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando O vi, O tenha conhecido logo. Ele levou-me a visitar Deus!

E sabe de uma coisa?.. Sentei-me no colo D'ELE e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever esta carta, para te dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido. Mas sabe de uma coisa Mãe?... DEUS  entregou-me papel e a sua  caneta pessoal para eu poder te escrever esta carta. 

Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.. Deus disse para eu responder a uma das perguntas que você  lhe fez, "Aonde estava Ele quando eu mais precisava?" Deus disse que estava no mesmo lugar, tal e qual, quando o filho dele, Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.

Mãe, só você é que consegue ver o que eu escrevi, mais ninguém. As outras pessoas veem este papel em branco. É mesmo maravilhoso não é? 

Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu LIVRO DA VIDA  . Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa.

Estava quase esquecendo: já não tenho dores, o câncer já  foi embora. Ainda bem, porque já não podia mais aguentar e Deus também não podia ver-me assim. Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que acha disto?... 

Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.

(Autor desconhecido)

Lição prática: Às vezes, quando as coisas não se resolvem como gostaríamos, culpamos a Deus de abandono, pois não compreendemos seu agir. Os problemas nos fazem esquecer que a caneta que escreve a nossa história pertence a Deus.


2. O náufrago

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo. E este único sobrevivente foi parar numa ilha deserta e fora de qualquer rota de navegação. E ele agradeceu novamente. Com muita dificuldade e os restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva e de animais.

O tempo foi passando e a cada alimento que conseguia, ele agradecia. Um dia, voltando depois de caçar e pescar viu que seu abrigo estava em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Desesperado, ele se revoltou e gritava chorando: “O pior aconteceu! Perdi tudo. Deus por que fez isso comigo?” Chorou tanto que adormeceu profundamente, cansado. No dia seguinte, bem cedo, foi despertado por um navio que se aproximava. “Viemos resgatá-lo”, disseram. “Como souberam que eu estava aqui?”, perguntou. “Nós vimos o seu sinal de fumaça”, responderam eles.

(Autor desconhecido)

Lição prática: O agir de Deus é diferente do nosso, às vezes, Ele usa situações adversas, para te entregar a bênção. Seja grato em todas as circunstâncias!


3. Um homem sem sorte

Um dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu santuário querendo ajudar o pai. Claro que o cientista não queria ser interrompido e, por isso, tentou que o filho fosse brincar em vez de fiUm certo homem se achava sem sorte. Tudo o que ele fazia dava errado. Se resolvia plantar algumas sementes, vinha a chuva e as levava embora ou fazia um sol tão forte que queimava todas as sementes. Muitas coisas ruins aconteciam a ele sem que soubesse o porquê.

Sempre que se encontrava com alguém, aproveitava para falar da sua falta de sorte, de como as coisas não davam certo com ele. Ele se queixava com as pessoas e as pessoas escutavam suas queixas. Da primeira vez com simpatia, depois com um certo desconforto e enfim quando o viam, mudavam de caminho ou entravam em suas casas fechando portas e janelas, evitando-o.

Então além de sem sorte, o homem se tornou chato e muito só. Começou a querer achar um culpado para o que acontecia com ele.

Com o tempo, as pessoas começaram a não querer se encontrar mais com ele, para não ter que ouvir aquelas histórias de como as coisas não davam certo, e isso fez com que se sentisse muito só.

O tempo foi passando e ele sempre sozinho, sem ter com quem falar. Isso deixou-o muito triste.

Um dia, sentindo-se sozinho e tristonho, disse para si mesmo:

— Tenho de fazer alguma coisa. Não posso continuar assim, com tanta falta de sorte. E teve uma ideia:

— Já sei o que fazer! Vou me encontrar com Deus! É claro! Se Deus me fez assim, sem sorte, Ele pode mudar a minha vida e me tornar um homem de sorte!

Preparou as coisas que achava importante levar consigo e, numa manhã, partiu em viagem. Andou por dias e dias, meses e meses até que, finalmente, chegou a uma gigantesca floresta com árvores muito grandes e galhos que quase atingiam o céu.

— Ah! — disse o homem para si mesmo — esse deve ser o lugar onde vive Deus — e começou a se sentir muito sério porque este era realmente um lugar muito sério.

Pouco antes de entrar na floresta ouviu uma voz:

— Homem, me ajude por favor.

Ele olhou para os lados procurando por quem falou, até que se deparou com um lobo magro, quase sem pelos. Ele estava que só pele e ossos. O lobo falou:

— Há três meses estou assim. Não sei o que está acontecendo comigo. Não tenho forças para me levantar.

Passado o susto, o homem respondeu:

— Bobagem a sua queixa. Três meses? Eu tive azar a vida inteira. Mas faça como eu e procure uma resposta. Eu estou indo falar com o Criador para resolver o meu problema.

— Eu não tenho forças nem para ir ao rio beber água. Você está indo vê-lo, pergunte o que está acontecendo comigo. Faça este favor.

O homem franziu a testa e disse que estava muito preocupado com seu problema, mas se lembrasse, perguntaria. Assim, continuou seu caminho. Andou muito e de repente, tropeçou na raiz de uma árvore e ouviu:

— Cuidado homem! Olhando para cima viu que a árvore tinha apenas duas folhas. Levantou-se e observou suas raízes desenterradas, seus galhos retorcidos, sua casca soltando-se do tronco. Depois, disse:

— Você não se envergonha ? Olhe as outras árvores a sua volta e diga se você pode ser chamada de árvore? Conserte sua postura.

A árvore, demonstrando muita dor na voz, disse:

— Não sei o que está acontecendo. Sinto-me muito doente. Há seis meses que minhas folhas caem. Hoje só restam duas. Por favor procure uma solução com o Criador.

Contrariado , o homem seguiu com mais uma incumbência. Andou muito e chegou a um vale com flores de todas as cores e perfumes. Mas o homem não reparou nisto. Chegou até uma casa onde uma moça muito bonita o convidou a entrar. Eles conversaram longamente e quando o homem deu por si já era madrugada. Ele se levantou dizendo que não podia perder tempo. Quando estava saindo, ela lhe pediu um favor:

— Você pode perguntar ao Criador uma coisa para mim? É que de vez em quando sinto um vazio no peito, que não tem motivo e nem explicação. Gostaria de saber o que é e o que posso fazer por isto.

O homem prometeu que perguntaria e virou as costas e andou muito até que chegou ao fim do mundo. Sentou-se e ficou esperando até que ouviu uma voz, que só podia ser a voz do criador.

— Tenho muitos nomes. Chamam-me também de Criador.

O homem contou tudo sobre a sua triste vida. Conversou longamente com a voz. No final da conversa, se levantou e virando as costas foi saindo, quando a voz lhe perguntou:

— Você não está se esquecendo de nada? Não ficou de saber respostas para um lobo, para uma árvore e para uma jovem?

— Tem razão. Voltou para ouvir o que tinha que ser dito.

Quando terminou de escutar, correu. Depois de um tempo, chegou na casa da jovem, que vendo-o passar, chamou:

— Você conseguiu encontrar o Criador? Teve as respostas que queria?

— Sim! Claro! O Criador disse que minha sorte está no mundo . Basta ficar atento e perceber a hora de pegá-la!

— E você fez a minha pergunta?

— Ah! O Criador disse que o que você sente é solidão. Assim que encontrar um companheiro vai ser completamente feliz, e que mais feliz ainda vai ser o seu companheiro.

Então, a jovem abriu um sorriso e perguntou ao homem se ele queria ser este companheiro.

— Claro que não. Já trouxe a sua resposta e não posso perder tempo com você. Não foi para ficar aqui que fiz toda esta jornada.

Correu então até a floresta onde estava a árvore. Ele nem se lembrava mais dela. Mas quando novamente tropeçou em sua raiz, viu cair a última folha. Ela perguntou se ele tinha uma resposta, ao que o homem respondeu:

— Tenho muita pressa e vou ser breve, pois estou indo em busca de minha sorte. Ela está no mundo. O Criador disse que você tem embaixo de suas raízes uma caixa de ferro cheia de moedas de ouro. O ferro desta caixa está corroendo suas raízes. Se você cavar e tirar esta caixa, vai terminar todo o seu sofrimento e você vai poder virar uma árvore saudável novamente.

— Por favor ! Faça isto por mim! Você pode ficar com o tesouro. Ele não serve para mim. Eu só quero de novo minha força e energia. O homem deu um pulo e falou indignado:

— Você está me achando com cara de quê? Já trouxe a resposta para você. Agora resolva o seu problema. O Criador falou que minha sorte está no mundo e eu não posso perder tempo aqui conversando com você, muito menos sujando minhas mãos com terra.

Então, correu, atravessando a floresta. Chegou onde estava o lobo, mais magro ainda e mais fraco. O homem lhe disse:

— O Criador mandou lhe falar que você não está doente. O que você tem é fome. Está morrendo de inanição, e como não tem mais forças para sair e caçar, vai morrer ai mesmo. A não ser que passe por aqui uma criatura bastante estúpida, e você consiga comê-la.

Nesse momento, os olhos do lobo se encheram de um brilho estranho. Reunindo o restante de suas forças, o lobo deu um pulo e comeu o homem sem sorte. (Autor desconhecido)


Moral da história: As pessoas gastam tempo murmurando pelo que não tem, ao invés de agradecer pelo que possui. Buscam por grandes realizações na vida, até conversam com Deus sobre seus sonhos, mas não compreendem às suas respostas, pois seu coração não estão voltado para Ele, por isso não conseguem enxergar suas bênçãos.


4. Como mudar o mundo

Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os problemas do mundo e decidido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias e dias no seu laboratório à procura de respostas.

car ali, atrapalhando-o. Mas, como o menino era persistente, o pai teve de arranjar uma maneira de entretê-lo no laboratório. Foi, então, que reparou num mapa do mundo que estava na página de uma revista. Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois apresentou o desafio ao filho:

– Filho, você vai me ajudar a consertar o mundo! Aqui está o mundo todo partido. E você vai arrumá-lo para que ele fique bem outra vez! Quando você terminar, me chame, ok?

O cientista estava convencido que a criança levaria dias para resolver o quebra-cabeças que ele tinha construído. Mas surpreendentemente, poucas horas depois, o filho já chamava por ele:

– Pai, pai, já fiz tudo. Consegui consertar o mundo!

O pai não queria acreditar, achava que era impossível um miúdo daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de uma imagem que ele nunca tinha visto antes. Por isso, apenas levantou os olhos dos seus cálculos para ver o trabalho do filho que, pensava ele, não era mais do que um disparate digno de uma criança daquela idade. Porém, quando viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro, perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.

– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado da página, havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para eu consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que tinha consertado o mundo.

Lição prática: O mundo não transforma pessoas, pessoas transformam o mundo. Mas, esse mundo só será um lugar melhor quando as pessoas mudarem suas maneiras de agir.


5. O pastor que fracassou

Um Pastor de um pequeno vilarejo, chegou a igreja animado e motivado para realizar mais um culto de noite, a hora passava e o povo não chegava.                                            

Depois de 15 minutos de atraso entrou três crianças, depois de 20 minutos entrou dois jovens, então o Pastor resolveu começar o culto com os cinco irmãos.

 Ao decorrer do culto entrou um casal que sentaram nos últimos acentos da igreja.

Quando o Pastor fazia a leitura da Bíblia para a pregação da noite entrou mais um senhor meio sujo com uma corda na mão.     

 Mesmo desapontado sem entender o porquê do fracasso do povo, o Pastor conduziu o culto animado e pregou com dedicação e zelo.

Quando voltava para a casa foi assaltado e espancado por dois ladrões que levaram a sua pasta onde havia sua Bíblia e outros pertences de valor.

Enquanto sua esposa fazia os curativos das feridas em casa, ele descreveu aquele dia como:

– O dia mais triste da sua vida.

– O dia mais fracassado do seu ministério.

– O dia mais infrutífero da sua carreira.

Depois que passaram cinco anos, o Pastor resolve compartilhar essa história para a igreja, quanto ele terminava de contar a história, um casal de grande referência naquela congregação interrompe o pastor e dizem: 

– Pastor aquele casal da história que sentaram no fundo éramos nós. Estávamos a beira do divórcio em função de vários problemas e desentendimentos que havia no nosso lar, naquela noite decidimos por fim ao nosso casamento, mas primeiro decidimos entrar em uma igreja e deixarmos lá as nossas alianças e depois cada um seguir o seu caminho, mas desistimos do divórcio depois que ouvimos a pregação do pastor naquela noite, hoje estamos aqui com o lar e a família restaurada.

Em quanto o casal falava, um dos empresários bem sucedidos que ajudavam no sustento daquela igreja, acenava pedindo oportunidade para falar e disse:

 – Pastor eu sou aquele senhor que entrou meio sujo com uma corda na mão. Eu estava a beira da falência, perdido nas drogas, minha esposa e meus filhos tinham ido embora de casa por conta das minhas agressões. Naquela noite eu tentei o suicídio, só que a corda arrebentou, quando ia comprar uma outra corda, vi a igreja aberta, decidi entrar mesmo sujo com a corda na mão. Naquela noite a mensagem perfurou meu coração e saí daqui com ânimo para viver, hoje estou livre das drogas, minha família voltou para casa e me tornei o maior empresário do vilarejo.

Lá na porta da entrada o diácono que fazia o protocolo gritou: 

 – Pastor eu fui um daqueles ladrões que assaltaram o senhor, o outro morreu naquela mesma noite quando realizávamos o segundo assalto da noite. Na pasta do Pastor tinha uma Bíblia, eu passei a ler quando acordava pela manhã, depois resolvi entrar nessa igreja.

O pastor ficou em choque e começou a chorar junto com a congregação, afinal aquela noite que ele considerava como uma noite de fracasso, foi uma noite muito produtiva e abençoada...

O culto havia sido feito para Deus.

(Autor desconhecido)

Lição prática: Faça o que Deus te chamou para fazer independente do número de pessoas que irão te acompanhar. Deus usa as circunstâncias adversas para produzir bênçãos grandiosas. Nunca diga: hoje Deus não fez nada, só pelo fato dos seus olhos não verem nada. Dê o seu melhor todos os dias, e seja um instrumento para a vida de alguém.


6. Carregando o passado 

Dois monges,  um velho e outro novo, se preparavam para atravessar um rio, conhecido como o “Rio da Discórdia”, antes de subirem uma montanha, chamada de Montanha da Fé.

Ao chegarem às margens do rio, os religiosos ficaram ao lado de uma moça muito bem vestida, que também queria chegar ao outro lado do rio, mas com um detalhe: sem se molhar!

Com um olhar, ela pediu ajuda ao monge mais novo. Este desviou o olhar e seguiu pelo rio.

A mulher arrumou os cabelos, se abanou com um leque e dirigiu o seu pedido de ajuda com um profundo olhar para o monge mais velho. Este não teve dúvida: pôs a moça nos ombros e atravessou o rio, carregando-a.

Do outro lado, satisfeita e seca, ela agradeceu o velho e olhou o novo com desdém. E  o novo olhou com indignação e raiva para o velho! O monge retribui aos dois com um olhar de compaixão e tranquila alegria. Aquilo irritou ainda mais o mais novo.

Os monges continuaram seu caminho rumo a Montanha da Fé. O novo carregava um semblante pesado e carrancudo e o velho levava com ele sua expressão de leveza e serenidade.

De acordo com as regras de sua fé, os monges não deveriam tocar as mulheres. Caminharam por horas, mas o monge mais novo ainda estava perplexo com a atitude do mais velho. Quando chegaram ao pé da montanha da fé, o jovem não aguentou mais e expressou seus pensamentos em voz alta:

– Você sabe muito bem que os monges não devem tocar as mulheres! Por que carregou aquela moça pelo rio?

– Naquele momento, julguei que ajudar um outro ser humano sem julgá-lo fosse mais importante do que não tocá-lo. No entanto, eu larguei a jovem três horas atrás e a deixei às margens do rio. Por que você continua carregando a moça?


Lição prática: Aproveite o presente, esqueça o passado, você não está mais lá. É pra frente que se anda. Não permita que o peso do passado te impeça de viver e de fazer o bem.


7. A árvore confusa

Em um belo jardim havia muitas árvores: macieiras, laranjeiras, Pereira, roseiras... Tudo era alegria no jardim, com exceção de uma árvore que estava profundamente triste. A árvore tinha um problema:  Não sabia quem era, nem o que tinha de fazer.

A macieira lhe disse que era muito fácil fazer saborosas maçãs.

– Por que não tentar?

– Não a escute, lhe disse a roseira. É melhor ter rosas. Não vê como elas são belas?

E a árvore desesperada, tentava tudo o que lhe sugeriam, porém não lograva ser como as demais, se sentia cada vez mais frustrada.

Um dia chegou ao jardim uma coruja, o mais sábio dos pássaros, e ao ver o desespero da árvore, exclamou:

– Não se preocupe, seu problema não é grave, muitos seres sobre a terra o têm. Vou lhe mostrar uma nova possibilidade:

– Não dedique sua vida para ser como os outros querem que você seja … Busque ser você mesmo, conhecendo e ouvindo a sua voz interior, ela irá dizer-lhe qual é a sua vocação, a sua missão nesta vida – e dito isso, a coruja desapareceu.

– Minha voz interior…? Ser eu mesmo?… Conhecer-me?… Vocação?… Missão?…

Perguntava a si mesma a árvore desesperada, quando de repente ela percebeu … E fechando os olhos e os ouvidos, pode abrir o seu coração, e ouvir uma voz interior dizendo:

– Você jamais dará maças porque você não é uma macieira, nem irá florescer a cada primavera, porque você não é uma roseira. Você é um carvalho, e seu destino é crescer; ser grande e majestoso. Proporcione abrigo para pássaros, sombra para os viajantes, beleza para a paisagem … Essa é a sua vocação .. É para isso que você nasceu. Descubra como se manifestar e cumpra a sua missão.

A árvore se sentiu forte e segura de si mesmo e se preparou para ser tudo aquilo para o qual foi concebida. Assim, logo cresceu e passou a ser admirada e respeitada por todos.

Só então o jardim ficou completamente feliz. 

Lição pratica: Não se compare aos outros. Deus deu um dom a cada um de nós. Descubra qual é o seu e cumpra sua missão aqui na terra. Pare de viver com os olhos na vida do outro e comece viver sua própria vida.


8. Os dentes do sultão

Certa vez um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse seu sonho.

– Que horror, senhor! Exclamou o sábio. 

– Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!

– Mas que insolente! , gritou o sultão. Como se atreve a dizer tal coisa?

O sultão chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Ordenou, em seguida, que chamassem outro sábio, para interpretar o mesmo sonho.

O outro sábio disse:

– Senhor, uma grande felicidade vos está reservada!

O sonho indica que irá viver mais que todos os vossos parentes!

A fisionomia do sultão iluminou-se e ele mandou dar cem moedas ao sábio.

Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou:

– Como é possível?

A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega e, no entanto, ele levou chicotadas e você moedas de ouro!

– Lembre-se sempre, amigo – respondeu o sábio – que tudo depende da maneira de dizer as coisas. E esse é um dos grandes desafios da humanidade! É daí que vem a felicidade ou a desgraça; a paz ou a guerra.


Lição prática: A verdade sempre deve ser dita, não resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita é que faz toda a diferença. A verdade deve ser comparada a uma pedra preciosa: se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando revolta. Mas se a envolvemos numa delicada embalagem e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com facilidade.


9. A oportunidade tem asas nos pés 

Conta-se que havia um jovem determinado a se casar com a filha de um grande e rico fazendeiro. Firme em seu propósito, o rapaz foi até o pai da moça pedir a mão dela em casamento. O homem olhou para o rapaz e respondeu: “Meu jovem, vá para aquele curral. Vou soltar três touros, um de cada vez. Se você conseguir pegar o rabo de qualquer um deles, poderá se casar com a minha filha”.

O moço ficou aguardando o primeiro touro. O portão do curral foi aberto e por ali saiu o maior e mais selvagem touro que o jovem havia visto na vida. Surpreso, ele concluiu que um dos próximos animais a serem soltos tinha de ser melhor escolha. Correu, então, para o lado e deixou o touro passar para o portão de saída.

O portão do curral se abriu de novo. Inacreditável! O moço nunca havia visto nada parecido com a criatura que veio correndo em sua direção. O touro batia no chão com as patas e resmungava enquanto olhava para ele. Assustado, o jovem apaixonado concluiu que o touro seguinte não poderia ter aspecto pior do que esse. Saiu mais uma vez do caminho e deixou o segundo touro passar.

O portão se abriu pela terceira vez. O jovem sorriu. Este era, sem dúvida, o touro mais franzino e fraco que ele já havia visto. Quando o animal veio correndo, o rapaz se posicionou à direita e pulou, seguro de si. Estendeu a mão para agarrar a criatura, certo de seu sucesso, mas… o touro não tinha rabo.

Moral da história: A vida é cheia de oportunidades. Algumas serão fáceis de agarrar. Outras serão muito difíceis. Porém, uma vez que as deixemos passar, às vezes, na expectativa de algo melhor, podemos nunca mais encontrá-las, ao menos não as mesmas. É assim na vida. De tempos em tempos as oportunidade surgem, mas infelizmente muitos de nós as perdem. 


10. As estações 

Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono. Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.

O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.

O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.

O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…

O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…

Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas. Se você desistir quando for inverno, você perderá a promessa da primavera, a beleza do verão, a expectativa do outono.


Moral da história: Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.

(Autor desconhecido)


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