Resenha | Anne de Avonlea (Anne de Green Gables #2) – Lucy Maud Montgomery
Publicado pela primeira vez em 1909, Anne de Avonlea é a continuação do livro Anne de Green Gables da escritora canadense Lucy Maud Montgomery. Este segundo livro abrange o período dos 16 aos 18 anos da ruivinha Anne Shirley. Novos personagens surgem, alguns dos que já conhecemos permanecem, Anne está amadurecendo, porém, sua doçura que tanto nos encantou no primeiro livro permanece.
Sinopse: Agora com 16 anos, sentindo-se quase adulta, Anne está prestes a começar a lecionar na escola de Avonlea, a realidade de seu trabalho torna-se um teste para seu caráter, surgindo várias dúvidas quanto ao seu futuro. Ela conquistou o amor do povoado e se tornou uma ativa participante de uma associação para melhorias em Avonlea. Enfim, Anne decide deixar tudo para ir atrás de seu grande sonho.Título: Anne de Avonlea | Autora: Lucy Maud Maud Mongomery | Editora: Ciranda Cultural (Ed. 2019) | Gênero: Romance Infantojuvenil | Páginas: 288 | Idade da leitura: 9 anos | Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐
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Após adiar seu sonho de ir para a faculdade, mesmo tendo ganhado uma bolsa (motivo é spoiler), Anne decide permanecer em Green Gables e lecionar, como visto no primeiro livro. Neste segundo livro, iremos acompanhar sua jornada como professora, os desafios encontrados e as mudanças que Anne deseja implementar quanto aos modelos de ensino, já que nessa época era comum punir o mau comportamento dos alunos com castigos físicos, algo que não condiz com sua personalidade cheia de empatia. Assim, seu intuito é aplicar um novo método para conquistar o respeito e atenção de seus alunos.
Portadora de uma mente que extravasa ideias, Anne, juntamente com Gilbert Blythe e Diana, criam a Sociedade de Melhoria de Avonlea, com o objetivo de deixá-la mais atraente e um lugar melhor para se viver. Mas, a grande atração da história será a chegada de um casal de gêmeos, Dora e Davy Keith, trazendo momentos cômicos e de suspense para a história. Os dois tem personalidades bem distintas, a menina é meiga e comportada, enquanto que, o menino é super travesso.
– A Senhorita também imagina coisas?Aquele “também” revelou à senhorita Lavendar que havia uma alma gêmea diante de si.[...] Algumas vezes, acho que não conseguiria viver se não imaginasse as coisas. (p. 199)[...]Finalmente, Anne tinha descoberto uma verdadeira alma gêmea... (p. 209)
Com seu instinto pra encontrar “almas irmãs”, neste livro ela terá várias. E uma delas é a solitária Senhorita Lavendar Lewis, uma mulher peculiar entre as demais, o local onde ela mora, Echo Lodge (Cabana do Eco) é descrito minuciosamente pela autora, sua história de amor é o toque de romance do livro. Anne continua a mesma menina sonhadora, fazendo todo possível para ajudar as pessoas a encontrarem a alegria de viver. Assim como o amadurecimento da relação entre Anne e Marilla, que vem tornando-se mais carinhosa e menos indiferente, ainda não são duas “almas gêmeas”, mas são duas almas que se amam.
– Afinal – disse Anne a Marilla, certa vez –, creio que os dias melhores e mais doces não são aqueles em que acontece algo muito esplêndido, maravilhoso e empolgante, mas, sim, aqueles que trazem os pequenos e simples prazeres, um após o outro, sem pressa, como pérolas soltando-se de um colar. (p. 172)
Anne de Avonlea é tão bom quanto o primeiro, Anne de Green Gables, a história é linda, divertida, leve, uma leitura prazerosa. A narrativa em terceira pessoa é totalmente fluída. A descrição dos cenários nos arrebata para dentro da história, fazendo nossa imaginação viajar pelo universo da ruivinha Anne, que mesmo estando mais madura e menos falante, continua atrapalhadamente cativante e repleta de novos ideais.
O livro é considerado como literatura cristã, pois contém muitos princípios com lições de vida, algumas delas fazendo referência a versículo bíblicos, além de instigar a oração. Aborda temas sensíveis e familiares. Esta é uma super indicação de leitura para todo o público de leitores. Amei o livro! Ansiosa para a leitura do próximo livro, Anne da ilha.
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