Chave de Davi - Apocalipse


“Ao anjo da igreja em Filadélfia escreva esta carta: Esta mensagem é enviada a você por aquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi para abrir o que ninguém pode fechar e fechar o que ninguém pode abrir.” (Apocalipse 3:7)


Chave é uma palavrinha tão comum, mas um objeto tão útil, tornou indispensável em nossas vidas. Afinal, precisamos dela para entrar em casa, no carro, nos apps, enfim... E,  para entrar no Reino do céu, também precisamos do acesso, e o único que tem essa chave é Jesus Cristo.


Antigamente, na época dos reinos da Bíblia, era escolhida uma pessoa de confiança para cuidar das finanças, a ele era dado um chave simbólica que representava autoridade outorgada pelo rei, era chamada de chave de Davi, como a que foi dada a Eliaquim, descrita no livro de Isaías (Is 22:15-22).



Na visão do apóstolo João, em Apocalipse, ao narrá-la sobre a igreja da Filadélfia, mais uma vez a chave de Davi é citada, mas agora, quem a tem é aquele que é santo e verdadeiro, Jesus, e aqui, ela representa a autoridade que Cristo tem para nos conceder o acesso ao Reino de Deus e a porta é a representação da oportunidade para alcançá-lo. Pois, os judeus afirmavam que apenas os praticantes do judaísmo poderiam entrar no Reino do Céu. A visão de João desmistifica essa afirmação judaica e afirma que Jesus é o único detentor da chave que abre ou fecha a porta para o Reino de Deus



Naquela época, a cidade de Filadélfia (atual Alasehir – Turquia) era uma cidade de grande importância comercial, ficava situada na rota do Correio imperial de Roma para o Oriente. O nome da cidade foi escolhido pelo imperador Atalo II para homenagear seu amado irmão Eumenes II,  pois Filadélfia significa “amor fraternal”. Na cidade também existiam muitos templos de deuses, a adoração pagã era enorme. A cidade foi fundada com a finalidade de propagar a cultura grega, as portas estavam abertas para ampla divulgação de sua filosofia.


Cidade de Alasehir - Turquia
Alasehir - Turquia



No entanto, igreja em Filadélfia não se contaminou com a idolatria, não apostatou sua fé, “obedeceu com perseverança apesar da perseguição” (Ap 3:10), mesmo sendo pequena e fraca, manteve-se fiel. E, assim como a igreja em Esmirna, não teve nenhuma crítica ou correções a serem feitas por Jesus. Além de ser o contrário da igreja em Sardes que era grande, rica e famosa, mas não tinha vida, a igreja em Filadélfia era pequena e fraca (pessoas de classe baixa), mas cheia de vida, por isso, Deus lhe abriu uma porta que ninguém pode fechar (v. 8b).



Percebem que a força não está na fama ou nas coisas terrenas deste mundo, mas  em perseverar em obediência, mantendo-se fiel a Cristo independente das circunstâncias que nos cercam. Jesus é o único que tem a chave de acesso a porta para entrar no Reino de Deus, não há outro meio pelo qual alguém pode ser salvo. Não existe um desvio neste percurso, nem atalhos pelo caminho ou uma porta extra a ser alcançada. 



Por isso, Jesus faz um alerta a igreja: “Atenção, eu volto logo! Guarde firmemente o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa” (Apocalipse 3:11). Permaneçam fiéis a palavra, sendo imitadores de Cristo e não apenas ouvintes, procurando viver como Cristo viveu. A porta do Reino está aberta, propague  a mensagem do evangelho para que outros possam passar por ela. 



Não esqueça que a mesma promessa a igreja em Filadélfia é válida para cada um de nós:  “Quanto àquele que vencer, eu o farei uma coluna no templo do meu Deus; ele estará firme, e não sairá mais; e eu escreverei nele o nome do meu Deus, e será cidadão na cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu vinda do meu Deus; e terá o meu novo nome gravado nele. Que todo aquele que pode ouvir ouça o que o Espírito está dizendo às igrejas” (Ap. 3:12-13).




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