O cristão na hipermodernidade
"Pensem nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra”. (Colossenses 3:2)
Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, há na sociedade a cosmopolitização dos anseios e emoções, uma forma de vida em que a moda e o consumo ditam os valores, o que ele denomina de “hipermodernidade”. Nesse contexto, destaca-se a comunidade cristã como aderente desse conceito de vida, marcada por um individualismo que constrói sua identidade por meio das distrações do consumo e não em Cristo.
No passado, quando ainda não se falava em hipermodernidade, as distrações já eram motivos de desvio dos caminhos do Senhor, como por exemplo: o encanto de Davi por Bate-Seba, a esposa de Urias, e por essa “paixão” Davi cometeu pecados gravíssimos. O que aconteceu com o “homem segundo o coração de Deus” foi que ele ao focar no que é terreno, não ouviu a voz de Deus.
De inicio, cabe ressaltar que, atualmente a sociedade tem muitas outras formas de distrações: redes sociais, Internet, carreira, séries, filmes, o consumismo desenfreado que fragmenta a relação entre o cristão e Deus. Nesse sentido, observa-se que a ruptura desse relacionamento se dá pela aderência ao novo estilo de vida, conectado às normas modernas do mundo, o que caracteriza a perca da identidade cristã, a busca pelos interesses individuais se sobrepõe aos coletivos, uma comunidade cristã absolutamente individualista.
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Logo, a Bíblia é clara ao exortar sobre o estilo de vida do cristão no mundo, devendo, tão somente, observar e viver conforme as escrituras sagradas, pois, quando focamos no que é terreno, esquecemos de olha para Deus. Por isso, está escrito: “Vocês foram ressuscitados com Cristo. Portanto, ponham o seu interesse nas coisas que são do céu, onde Cristo está sentado ao lado direito de Deus. Pensem nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra”. (Colossenses 3:1-2)
Portanto, um mundo cristão hipermoderno, não está sintonizado com a vontade de Deus. Na comunidade cristã, o mundo não deve girar em torno do ego humano, esse novo modelo de vida deve ser trocado pela alteridade, pois a marca do verdadeiro cristão é o amor ao próximo.
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