Deus corrige a quem ama


“Lembrem-se de como o SENHOR guiou vocês por todo o caminho através do deserto durante quarenta anos, para humilhá-los e prová-los, a fim de saber o que estava no coração de vocês, para ver se vocês obedeceriam ou não aos seus mandamentos. Ele os afligiu, deixando que passassem fome; depois ele os sustentou com o maná que nem vocês nem os seus antepassados conheciam. O SENHOR fez isso para mostrar a vocês que não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. (Deuteronômio 8:2-3)


Em Deuteronômio, Moisés exorta o povo a reacender na memória todas as dificuldades sofridas e as  provisões que Deus os proporcionou durante os quarenta anos no deserto, para que compreendessem que a correção do Senhor é necessária, uma vez que mostra o que realmente há no coração do homem, e assim direcioná-lo a obediência. 



Uma característica comum entre os pais é o desejo de verem seus filhos trilhando por caminhos corretos, e por isso, os corrige durante o processo de seu crescimento, para formar adultos de bem. Esse também é um atributo do nosso Deus Pai, o qual, por meio de situações da vida, disciplina a quem ama, seus filhos: “Saibam, pois, em seu coração que, assim como um homem disciplina o seu filho, da mesma forma o Senhor, o seu Deus, os disciplina”. (Deuteronômio 8:5)




O Senhor usa circunstâncias adversas para moldar o caráter cristão, como escrito no livro de Jeremias (Jm 18:6) “– Será que eu não posso fazer com o povo de Israel o mesmo que o oleiro faz com o barro? Vocês estão nas minhas mãos assim como o barro está nas mãos do oleiro. Sou eu, o SENHOR, quem está falando.”



Desse modo, a correção do Senhor não tem como objetivo ver seus filhos sofrerem, porque Ele nos ama incondicionalmente, mas o de instigar o aperfeiçoamento: vivendo como  filhos obedientes a seu Pai. Então, “Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina: Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” (Hb 12:7)




Além disso, se não somos corrigidos como acontece com todos os filhos de Deus, não somos seus filhos legítimos (Hebreus 12:8). Logo, é por meio das lutas e provações diárias que somos preparados para perseverança em alcançar a herança do nosso Pai: a vida eterna no Reino Celestial. O próprio Jesus sofreu, inigualavelmente, por erros que nunca cometeu, pelos pecados de outros, e mesmo assim, suportou até o fim. Enquanto que nós, sofremos com o peso dos erros que cometemos, portanto, devemos prevalecer pacientemente, aceitando a disciplina do Senhor e não desanimar.




Ademais, ainda que não compreendamos a forma como Deus age, as adversidades corretivas do Senhor são evidências do seu grande amor por nós. É uma das formas de nos fazer parar e refletir. Quando um pai castiga seu filho pelo erro cometido, a sua finalidade é corrigi-lo para que não mais o faça, aprenda obedecê-lo e passe agir de forma correta, da maneira que o pai deseja e não da que o filho quer que seja. 




Portanto, Deus não é um carrasco cruel que machuca indiscriminadamente o seu povo, Ele é um Pai amoroso que zela por seus filhos e se esse filho precisa ser disciplinado Ele vai corrigir, pois não quer que nenhum deles se perca. O desejo do nosso Senhor Deus e Pai é que não sejamos moldados pelos padrões deste mundo, mas que vivamos de acordo com seu querer e possamos experimentar da sua vontade que é boa, perfeita e agradável. 


O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se. (2 Pé 3:9)

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