“Quando o Filho do Homem voltar, será que encontrará fé na terra?” (Lucas 18:8)


O versículo acima apresenta uma indagação profunda feita por Jesus. Esta questão persiste através dos séculos, desafiando-nos a refletir sobre a essência da nossa fé e como ela se manifesta em meio às complexidades da vida.


A pergunta de Jesus surge no contexto da parábola da viúva persistente (Lucas 18:1-8), onde uma mulher busca incessantemente justiça de um juiz insensível. Sua persistência finalmente move o coração do juiz, ilustrando a importância da constância na oração e na fé. Analisando a história, vemos períodos em que a fé foi testada por adversidades, ceticismo e perseguições. No entanto, mesmo diante desses desafios, comunidades de fé emergiram mais fortes, sustentadas pela esperança e pela confiança na providência do nosso Deus.


Jesus nos alerta a contemplar não apenas a superficialidade da fé, mas a cultivar uma fé perene que não se perde diante das dificuldades, mas que permanece firme apesar delas. Vivemos em uma era marcada por incertezas, onde as fundações parecem abaladas. Diante das tormentas da vida, a fé é posta à prova. Será que ela persistirá quando confrontada por dúvidas, dores e aparentes silêncios de Deus?


No mundo contemporâneo, marcado por mudanças rápidas, incerteza e tumultos, a pergunta de Jesus adquire uma relevância ainda maior. As distrações da era digital, as ideologias conflitantes e as pressões sociais podem abalar a fé de muitos. Contudo, é nesses momentos que a fé genuína deve se revelar. A indagação de Jesus nos convida a examinar se nossa fé é resiliente ou se corre o risco de desvanecer diante das pressões do cotidiano. Estejam vigilantes; permaneçam fiéis ao Senhor; portem-se como homens de coragem e sejam fortes.” (1 Coríntios 16:13)


A chave para manter a fé reside na busca constante por uma conexão profunda com Deus. A oração, a reflexão sobre as Escrituras e a comunhão com outros crentes são fundamentais. O exemplo da viúva persistente nos lembra que, mesmo quando as respostas parecem distantes, a persistência na busca espiritual é crucial.

 

A questão levantada por Jesus é um chamado à consciência espiritual. Ele nos convida a avaliar não apenas a aparente religiosidade, mas a profundidade e a sinceridade de nossa intimidade e compromisso com Deus. A fé que perdura não é meramente uma formalidade, mas uma jornada íntima que transcende as aparências externas. À medida que nos esforçamos para manter e fortalecer nossa fé, também contribuímos para a construção do Reino de Deus na terra. A esperança reside na promessa de que, no retorno de Jeus, a fé verdadeira será encontrada e recompensada. “– Escutem! – diz Jesus. – Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito.” (Apocalipse 22:12)


A resposta para a pergunta de Jesus não está predestinada; ela é moldada por nossas escolhas, atitudes e relacionamento com o Senhor. Em vez de viver em complacência espiritual, somos desafiados a buscar uma fé que se renova constantemente, que se alimenta da Palavra de Deus e que resiste às intempéries com esperança e confiança.


Esse questionamento de Jesus não é apenas uma interrogação dirigida aos discípulos daquela época, mas é uma chamada atemporal para todos nós. Em um mundo em constante mudança, somos desafiados a nutrir e preservar uma fé que transcende as circunstâncias, uma fé que, quando o Filho do Homem vier, será destacada como um testemunho vibrante e inabalável na terra. Que possamos, responder a essa indagação com a certeza de que, mesmo nos momentos mais sombrios, a fé genuína ilumina o caminho em direção a Deus e nos inspire a uma busca sincera pela profundidade e autenticidade da nossa relação com nosso Pai Celestial. "Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir."  (Mateus 25:13)


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