“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória.” (Isaías 6:1-3 ALM)

Contemplar a majestade de Deus é um chamado à reverência, à transformação e à verdadeira adoração. O profeta Isaías, ao ver o Senhor assentado em um alto e sublime trono, foi confrontado pela santidade do Senhor. A visão não apenas revelou a glória e soberania de Deus, mas também expôs sua própria condição de pecador e a necessidade de purificação (Isaías 6:5). Infelizmente, muitos têm perdido essa consciência de quem Deus é, vivendo uma espiritualidade superficial, centrada em bênçãos e favores, e não no Deus que concede todas as coisas. A verdadeira adoração começa quando o ser humano se prostra diante da majestade de Deus, reconhecendo que Ele é santo e digno de toda submissão e louvor.

A santidade de Deus exige uma resposta. Como Isaías, cada pessoa é chamada a reconhecer a impureza de sua vida diante de um Deus santo e a se submeter ao processo de transformação. A mudança de vida não acontece sem renúncia. Muitos desejam o consolo divino, mas não querem abandonar o pecado que os afasta de Deus. O apóstolo Paulo nos ensina que a renovação da mente é essencial para experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2). Porém, essa transformação exige um coração submisso, que se dispõe a abandonar velhos hábitos e pensamentos. O homem não pode ser o mesmo após um encontro com o Deus Todo-Poderoso, cuja glória preenche todo o universo.

Adorar em espírito e em verdade é uma atitude que nasce do reconhecimento da majestade de Deus. Não se trata de uma performance exterior ou de palavras repetidas mecanicamente, mas de um coração que se prostra diante do Senhor pelo que Ele é, e não apenas pelo que Ele faz. Os serafins, ao redor do trono, clamavam incessantemente: "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos". Esta proclamação não era um pedido por algo, mas a expressão de uma adoração genuína e contínua. Assim também deve ser a vida daquele que contempla a Deus: uma constante declaração de Sua santidade, seja nas palavras, nas ações ou nos pensamentos. Aquele que conhece verdadeiramente a Deus não vive buscando d’Ele apenas benefícios, mas deseja estar em Sua presença porque Ele é suficiente.

Por fim, contemplar a majestade de Deus é reconhecer Sua soberania em todas as coisas. Quando Isaías viu o Senhor, a visão de Sua glória mudou completamente sua perspectiva. Ele compreendeu que o trono do universo pertence a Deus e que não há crise, morte ou situação que escape ao controle d’Ele. Quem vive buscando a Deus apenas por bênçãos não compreendeu Sua grandeza. Deus não é apenas um provedor, Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, e tudo existe para Sua glória. Se você tem buscado a Deus de maneira interesseira, arrependa-se. Contemple quem Ele é: "Santo, santo, santo". Renda-se à Sua majestade e permita que essa visão transforme completamente sua vida.

Oração

Senhor, Tu és santo, sublime e majestoso. Perdoa-me por tantas vezes buscar-Te apenas pelo que podes fazer e não pelo que Tu és. Ensina-me a adorar-Te em espírito e em verdade, com um coração submisso e renovado pela Tua presença. Transforma minha mente e minha vida, para que eu viva conforme a Tua vontade. Que eu contemple a Tua glória e renda a Ti toda a honra e louvor. Em nome de Jesus, amém.


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